Com objetivo de aprimorar os processos referentes às atividades das algodoeiras e com foco no terceiro pilar do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), a Agopa e o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) realizaram na terça-feira, 28 de fevereiro, o Curso de Capacitação e Qualificação de Inspetor de Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA). O curso ocorreu na Casa do Algodão, em Goiânia, e ofereceu uma oportunidade para que colaboradores das algodoeiras de Goiás e São Paulo recebessem orientações para atender às regras de sustentabilidade que regem o SBRHVI e os principais mercados mundiais da pluma.
A formação esteve a cargo do gestor do Programa SBRHVI, Edson Mizoguchi, e contou ainda com a participação do coordenador regional de algodoeiras da SLC Agrícola, Edmilson Santos; da diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi; e do gerente do Laboratório da Agopa, Rhudson Assolari. O Mapa também enviou a auditora fiscal e o auditor federal agropecuário, Ana Claudia Marques Cintra e Cid Alexandre Rozo, respectivamente.
Silmara apresentou o fluxo do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro, desde a atualização de cadastro da UBA e prensas, passando pela comprovação das dimensões das facas, conforme IN24, solicitação de etiquetas e lacres, vinculação do produtor ou grupo à fazenda, submissão de malas, preenchimento do checklist até o processo completo de análise no laboratório e consequente emissão do certificado oficial pelo Mapa. Conforme Silmara S. Ferraresi, o treinamento tem foco na operação da UBA, desde o momento em que atualiza seu cadastro no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) até submeter as malas ao sistema e responder ocorrências, caso envie malas com desvios que sejam percebidos pelo laboratório. “Enfatizamos muito a operação em sistema”, resume.
Edson Mizoguchi destacou a participação de Paulo César Baroldi, da algodoeira GM, representando as UBAs-piloto que puderam compartilhar a experiência da safra 21/22. O gestor do Programa SBRHVI acredita que esta foi uma oportunidade de buscar novos conhecimentos. “Neste treinamento, os profissionais das UBAs tiveram a oportunidade de conhecer os requisitos legais do Mapa para a certificação oficial, o Laboratório da Agopa e as boas práticas das UBAs apresentadas pelo coordenador da SLC”, ressalta.
Regras
As UBAs precisam fazer o seu registro no Mapa como Usina de Beneficiamento. Assim que o sistema da Abrapa iniciar a safra 22/23, todos os inspetores habilitados serão cadastrados no Sistema da Abrapa para início do autocontrole. O objetivo da certificação do algodão brasileiro é garantir que as amostras sejam realmente do fardo e as análises tenham resultado aferido conforme padrões internacionais, e por isso tem a chancela do Mapa.
Para o gerente do Laboratório da Agopa, Rhudson Assolari, a participação de praticamente todas as algodoeiras de Goiás foi fundamental, e as que não compareceram vão passar pela formação no dia 7 de março, em um novo treinamento, no Mato-Grosso do Sul. “Eles entenderam a importância da certificação oficial, o que isso vai representar no mercado mundial e o seu papel nesse contexto”, frisa. Rhudson destaca a Instrução Normativa nº 24, a Portaria 375 (ambas do Mapa) e o Manual do Programa de Certificação como os documentos que fundamentam todo o processo. “As algodoeiras estão levando muito a sério esse processo e os novo inspetores estão engajados em fazer um bom trabalho”, resume.
No fim, os participantes conferiram os processos de recebimento e condução das amostras de algodão no Laboratório da Agopa, para conhecerem a importância dessas amostras chegarem bem preservadas para que se possa fazer uma análise confiável.