Após quatro dias de treinamento, colaboradores do Grupo SLC Agrícola das principais regiões cotonicultoras do Brasil concluíram o Curso de Capacitação e Qualificação de Inspetor de Algodão em Pluma e o Treinamento Básico de Classificação do Algodão.
O primeiro teve duração de um dia. Trata-se de um projeto piloto com iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e da Agopa. O curso englobou aspectos técnicos e legais sobre as unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs); laboratórios de análise de HVI; o SBRHVI - sistema que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão, informatizando o acesso aos dados de classificação; legislação; o Programa de Autocontrole do Algodão; e adaptações no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) para operação do Programa de Autocontrole do Algodão.
A segunda formação teve objetivo de qualificar esses profissionais para um trabalho mais eficaz na classificação do algodão em pluma. O treinamento traz informações sobre a legislação vigente e conteúdo teórico sobre a classificação. Também houve exercícios e orientações práticas dentro do Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Agopa. Ao todo, os 22 colaboradores do Grupo SLC Agrícola participaram dos cursos.
Para o instrutor José Antônio Sestren, a SLC Agrícola quer que seus funcionários tenham uma melhor noção da importância da classificação da pluma, que possam dialogar tecnicamente com os classificadores e laboratórios. “É bom que todos tenham uma noção da classificação e de todo o processo têxtil”, enfatiza.
É o que confirma a coordenadora agroindustrial Jennifer Onitta, que trabalha na algodoeira da Fazenda Perdizes, em Porto dos Gaúchos-MT. Seu objetivo foi agregar conhecimento sobre todo o processo que a pluma passa até chegar ao produto final. “Deu uma boa clareada na minha visão geral”, acredita.
Gerente do Laboratório da Agopa, Rhudson Assolari comemora a parceria. Considerando a grande porcentagem da produção de pluma do Grupo SLC que é analisado em Goiânia, diz, o curso alinha conceitos e melhora o diálogo entre os coordenadores de algodoeiras e os laboratórios de classificação, o que ajuda na hora de esclarecer dúvidas. “Muitos não entendiam o processo, a exemplo da IN-24, que estabelece amostras de algodão de 150 gramas para envio aos laboratórios de análise, entre outros detalhes”, conta. Rhudson também vê como positiva a possibilidade de conhecer os coordenadores de algodoeiras, gestores e profissionais de outras áreas que atuam no Grupo SLC.
Jadielson Feitosa é monitor de qualidade da algodoeira que fica em Tasso Fragoso-MA. Para ele, o primeiro impacto foi ver o quão criteriosa é a analise de fibra em HVI. “Também vi como é a experiência do cliente que recebe o algodão e como podemos melhorar na entrega de nosso produto”, frisa.
As formações tiveram a participação do instrutor Vanderlei Paulino Sant’Ana e do coordenador regional de algodoeira agroindustrial Edmilson Santos.