Concluída a formação da terceira turma do Curso Oficial de Capacitação de Classificadores de Produtos de Origem Vegetal – habilitação em algodão. Ao todo, foram dez dias de formação intensiva de profissionais ligados à cotonicultura dos maiores estados produtores de pluma no Brasil.
Após dois anos de espera, esta é a terceira etapa do curso. Ao todo, são 60 alunos divididos em três turmas devido as restrições causadas pela pandemia Covid-19. Esta terceira turma contou com 18 formandos.
Na abertura, o presidente da Agopa, Carlos Alberto Moresco, ressaltou a importância de homogeneização do processo de classificação da fibra no Brasil. “Com este curso, contribuímos para o processo de uniformização da classificação da fibra no Brasil, elevando o padrão de qualidade da pluma brasileira para as exportações.”
Gerente do Laboratório da Agopa e monitor do curso, Rhudson Assolari comemora a conclusão desta formação. Rhudson avalia que havia alunos com diferentes níveis de experiência, mas que o empenho foi o mesmo e os instrutores ficaram satisfeitos. “Há quem não sabia nada sobre algodão e hoje pode atuar com um classificador mais experiente. Em dois ou três anos, já pode assumir uma sala de classificação sozinho”, comenta.
Outro monitor, Vanderlei Santana também analisa a diferença de experiência entre os formandos. “A ideia é saber passar todo o conteúdo considerando o nível de cada um”. Vanderlei também considerou o trabalho de apoio da Agopa imprescindível para que todos pudessem aprender.
Impressões
Sergio Brentano é gerente do Centro de Análise de Fibra de Algodão da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Mesmo com experiência na gestão de um laboratório, sentia a necessidade de se tornar um classificador credenciado. “O conhecimento é o caminho para a evolução”, diz.
Sebastião Rodrigues é auxiliar de classificação no município de Cristalina-GO. Ele conta que, mesmo antes de terminar o curso, já tem seu futuro definido: “na próxima safra vou atuar como classificador. Já está tudo certo”.
A formação esteve a cargo do instrutor José Antônio Sestren. Para ele, o mercado de algodão está crescendo e quem se dedicar vai encontrar seu espaço. “Em alguns anos este certificado será exigido a todos os classificadores”, finaliza.
Para o diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, a Associação tem ocupado um papel cada vez mais importante no cenário nacional, e a presença de profissionais das maiores regiões cotonicultoras do Brasil neste curso é prova disso. “A colaboração entre entidades e profissionais é o caminho para o sucesso do Brasil no mercado mundial de algodão”, considera.