O segundo dia da visita técnica da comitiva de representantes da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) à Agopa aprofundou a troca de informações sobre o sistema de gestão e o processo de implementação dos documentos baseados nos requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17025. A conquista da certificação ISO é uma pauta comum do Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Agopa e do seu homônimo baiano.
Supervisor do Laboratório da Abapa, Renato Possato Ortega explica que os laboratórios de análise de algodão da Agopa e da Abapa têm estruturas semelhantes. “Ainda não conhecia o Laboratório da Agopa e vi que estão bem estruturados”, afirma. A Abapa está na fase de implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), processo indispensável para conseguir a certificação. “Percebemos que é um trabalho complexo, mas não impossível”, frisa Renato.
Ainda conforme o supervisor, a visita serviu para clarear dúvidas e trocar informações. “Trouxemos ideias e ouvimos o que a Agopa tem para nos ajudar. Vamos sair melhores do que chegamos”, destaca.
A Agopa e a Abapa estão entre as primeiras associações estaduais a começar o processo de certificação ISO 17025. Atualmente apenas o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), da Abrapa, possui esse certificado.
Gerente do Laboratório da Agopa, Rhudson Assolari argumenta que a Agopa contribuiu para que a Abapa possa implantar seus processos de forma mais eficaz. “Escrevemos e implantamos todos os formulários e documentos para o SGQ e esta implantação foi o cerne da visita da comitiva baiana: ver como é a práxis de todo o processo”, ressalta, ao citar exemplos de como proceder quanto à calibração e limpeza de máquinas, climatização dentro das normas estabelecidas, não conformidades etc. “Estamos abertos a cooperar. As dificuldades são as mesmas entre os laboratórios de análise da produção de algodão, por isso é importante a troca de experiências”, conclui Rhudson.
Por sua vez, o diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, considera que a parceria entre as entidades estaduais gera benefícios às participantes em particular, mas também cria um ambiente técnico-institucional de caráter interestadual e nacional. “Seguimos parâmetros comuns em todos os estados, orientados pelo CBRA. Essa padronização é uma marca do algodão brasileiro que garante confiabilidade ao mercado”, pontua.
Além de Renato Ortega; a comitiva era formada pelo o analista de controle de qualidade, Yago Paixão da Silva; e pelo responsável de qualidade Carlos Ricelli Bezerra da Cruz.
No primeiro dia, os visitantes conheceram a estrutura física do Laboratório da Agopa, acompanharam os processos de análise de fibra, climatização, controle de umidade, recebimento de cargas, controle de amostras, acondicionamento do algodão e seu descarte.
A equipe do Codeq é responsável pela implantação do Sistema de Gestão da Qualidade do Laboratório da Agopa (SGQ) e composta pelo gerente Rhudson Assolari e pelos colaboradores Milena Ingredy e Rafael Gandara, que acompanham toda a visita e prestam as informações necessárias.