A primeira edição da Agroweek Goiás foi aberta oficialmente na tarde desta segunda-feira, dia 14, com um encontro restrito aos debatedores e participantes do evento, mas transmitido pela internet. Entre os convidados, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, parabenizou a iniciativa de se propor um debate de alto nível em um momento de restrições causadas pela Covid-19. “O fornecimento de alimento, a produção agropecuária e a qualidade do alimento são elementos importantes que envolvem a todos dentro e fora da porteira”, delcara. O secretário salientou que Goiás apresentou recordes na safra 2019-20, se posicionamento terceiro lugar no ranking brasileiro de estados produtores, com alta nas exportações, grande geração de emprego e promoção do desenvolvimento local nos municípios.
Por sua vez, o secretário de Indústria e Comércio, Adonídio Neto Vieira Júnior, apresentou saldo positivo de 22 mil novos empregos em 2020. “Enquanto setores derreteram, o agro mostrou crescimento ao longo do ano todo. Goiás busca agregar valor a essa produção”, grifa.
Adonídio citou ainda que Goiás lançou recentemente a tecnologia 5G em Rio Verde para avanços no campo, e que o saldo da balança comercial do estado cresceu quase 50%, com superávit próximo a R$ 25 bilhões, com destaque para a cana de açúcar, que cresceu 55,56%, o complexo carne (bovino, suíno e aves) que cresceu 15,24% e a soja, que teve um incremento de 37,76%. Para 2021, o secretário prevê a entrega de benfeitorias na infraestrutura, como a ferrovia Norte-Sul e os portos de São Simão, Rio Verde, Anápolis e Mara Rosa.
Chefe Geral da Embrapa Arroz e Feijão, Elcio Perpétuo Guimarães lembrou que Goiás está no centro do agro, e participar desse desenvolvimento traz responsabilidade. “As discussões deste encontro nos trazem elementos para pensar na agricultura de amanhã. Temos experiência para contribuir com a solidez dessa agricultura do futuro. Colocamos a nossa visão sobre como podemos fazer, juntos, a nossa economia do agro crescer”, afirma.
Josie Marçal, representando o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, destacou que 2020 mostrou que o agro deve ser tratado como prioridade nas políticas públicas de Goiás. Lembrou da alta dos preços do arroz e feijão, e que projetos do parlamento estadual puderam conter esses aumentos de custo ao consumidor. Destacou ainda que a união dos setores governamentais e sociais é o que levou e levará o agro a patamares ainda mais altos.
Diretor executivo da Agopa e do IGA, Dulcimar Pessatto Filho representou o presidente Carlos Alberto Moresco, e ressaltou que nas últimas três safras, o Brasil dobrou a sua produção de algodão, mantendo praticamente a mesma área; ocupou o quarto lugar como maior produtor da fibra no mundo e conquistou o posto de segundo maior exportador. “Vale destacar que, há pouco mais de 20 anos, éramos o segundo maior importador mundial de algodão. Hoje, o algodão brasileiro já é exportado para mais de 50 países, e batemos novembro deste ano o recorde histórico de exportações para um mês”, diz. De acordo com o Ministério da Economia, os embarques da pluma atingiram 333,29 mil toneladas, gerando mais de R$ 500 milhões em receitas no mês. Entre agosto e outubro, o Brasil já exportou 842 mil toneladas, 12% a mais que o mesmo período do ano passado.
A fibra natural volta a ser tema de debates no Agroweek nesta quarta-feira, a partir das 8h30, com um debate sobre "O Algodão Brasileiro: do campo à passarela", com a participação do presidente da Agopa e do IGA, Carlos Alberto Moresco; a gestora do Movimento Sou de Algodão, da Abrapa, Silmara Salvati Ferraresi; o diretor criativo da Thear Vestuário, Theo Alexandre; e mediação do consultor em negócios de moda, Leandro Pires.
Veja como foi a abertura e acompanhe os debates pelo youtube.
https://www.youtube.com/watch?v=r78htrJ6da0&list=UUTCfOoQAzq7DmOfW2Ot85KA