Cerca de 70% da safra já foi negociada com patamares de preços melhores do que os atuais, mas Agopa alerta para risco de demora no cumprimento destes contratos em meio à queda do petróleo e a paralisação de comercio e indústrias devido ao Coronavírus.
A implementação da safra de algodão em Goiás aconteceu dentro dos parâmetros estipulados, a germinação foi muito boa e o potencial é de safra cheia, com as condições climáticas favoráveis até o momento para os 37 mil hectares cultivados.
Segundo o presidente da Agopa (Associação Goiana dos Produtores de Algodão), Carlos Alberto Moresco, a expectativa é de atingir produtividade média de 300@ por hectare, superando o patamar de 290@ registrado no ano passado.
Cerca de 70% da produção desta safra já foi negociada, com preço médio de 70 centavos de dólar, patamar que, de acordo com Moresco, é excelente se comparado com os atuais. Apesar do avançado na comercialização, os produtores goianos se preocupam a venda da parte restante e das condições de entrega do que já foi vendido.
A liderança aponta que a queda nos preços do petróleo deixa as fibras sintéticas mais baratas do que o algodão e a paralisação das industrias de tecelagem e do comercio também atuam contra o mercado.
Neste momento os compradores estão fora do mercado e não buscam novas comercializações. Já para o percentual vendido antecipado, Moresco não enxerga risco de devolução dos contratos, mas acredita que o ritmo de entregas deve ser menor, o que aumentará o tamanho do estoque ao final da colheita.
Confira a entrevista completa com o presidente da Agopa no vídeo: https://www.noticiasagricolas.com.br/videos/algodao/257408-safra-de-algodao-se-desenvolve-bem-em-goias-mas-produtores-se-preocupam-com-paralisacao-das-vendas.html#.XqBTUClKi1s