Melhorar a qualidade do algodão brasileiro. É com este objetivo que a Agopa defende e incentiva a vinda do pesquisador João Paulo Morais a Goiás, para o desenvolvimento de um programa de pesquisa nessa área. O profissional concluiu recentemente seu doutorado em qualidade de fibra de algodão na Texas Tech Univesity, nos Estados Unidos. A iniciativa aproxima a Agopa e a Embrapa, e vem acompanhada de uma série de investimentos na melhoria do Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Associação.
Para tratar do assunto, representantes da Embrapa Algodão estiveram na Agopa para discutir detalhes da parceria. A comitiva é formada pela presidente da Comissão de Avaliação de Laboratórios da Embrapa, Ana Carolina Vago; a analista Elis Roberta Lopes; os pesquisadores da Embrapa Francisco Farias e Ana Luiza Borin; além do próprio João Paulo Morais, que também integra os quadros da Embrapa. O grupo foi recebido pelo diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, e pelo gerente do Laboratório, Rhudson Assolari.
Foram apresentados o histórico, os investimentos e a atual situação do Laboratório, que hoje configura entre os três melhores do Brasil. A proposta é que o laboratório ofereça todo seu know-how em análise, calibração de equipamentos e parametrização de resultados nas análises das amostras de experimentos da Embrapa Algodão.
“O objetivo é melhorarmos a qualidade da fibra brasileira. Já fizemos um investimento alto na atualização do maquinário e estamos instalando um novo sistema de climatização, dentro de uma série de outros avanços estruturais”, explica o diretor executivo Dulcimar Pessatto Filho.
Por sua vez, Rhudson Assolari apresentou os detalhes dos equipamentos de análise em HVI e H2SD (Termodetector de Pegajosidade) do laboratório, além dos números e resultados da última safra. Os processos de checagem de amostras, calibrações e alinhamento com o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), em Brasília, também entraram em pauta, assim como as rodadas de testes do Laboratório de Bremen, na Alemanha, e a implantação da ISO 17025. “O Laboratório da Agopa está entre os melhores do Brasil e do mundo, seguindo os mais rigorosos parâmetros técnicos que existem atualmente”, comenta o gerente do Laboratório.
Impressões
A equipe da Embrapa encerrou a visita com expectativas renovadas para o sucesso da parceria. “O Laboratório da Agopa não perde para os norte-americanos, e creio que, com alguns novos equipamentos, poderemos fazer muito pelo ganho de qualidade da fibra nacional”, avalia o doutor em qualidade de fibra de algodão, João Paulo Morais.
PHD em desenvolvimento de plantas, Francisco Farias declara que ficou impressionado com a estrutura que encontrou. Para ele, o que mais chamou a atenção foi a ponte que o laboratório faz com a pesquisa, ultrapassando o aspecto com foco comercial. “Existe um tratamento diferenciado”, ressalta.
Para Ana Carolina Vago, a reunião foi importante para levantar todos os pontos que envolvem a parceria. “Tudo que vi superou minhas expectativas. Vi um laboratório que atende às demandas do programa que estamos desenvolvendo”, comenta. A opinião é compartilhada por Elis Roberta Lopes, que destaca a busca pela excelência e o compromisso com a qualidade do trabalho.
A pesquisadora Ana Luiza Borin tem articulado a parceria e conhece o trabalho da Agopa. Para ela, a união entre as duas instituições vai contribuir para que o algodão brasileiro tenha ganhos em qualidade e competitividade no mercado mundial. “ao unirmos as competências de cada um, poderemos fazer mais pelo algodão brasileiro”, finaliza.