Uma equipe de Goiás, capitaneada pelo presidente da Agopa e do IGA, Carlos Alberto Moresco, esteve em três unidades do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), no Mato Grosso, para conhecer as biofábricas voltadas ao combate de pragas e doenças na lavoura.
Na quarta-feira, dia 20, a comitiva conheceu a estrutura e condução da fabricação de produtos de controle biológico em Rondonópolis. O diretor do IMAmt, Álvaro Sales, e pesquisadores do Instituto explicaram os passos, pesquisas e objetivos do trabalho realizado no estado.
Em seguida, a comitiva goiana seguiu para os laboratórios onde se faz o isolamento e prospecção de fungos e bactérias em amostras do solo para uso em controle de pragas. A seleção e as análises são feitas em parcerias, inclusive internacionais, para sequenciamento genético e desenvolvimento do produto. Após testes e melhoramentos, chega-se a um produto final que poderá ser usado no campo.
Saindo de Rondonópolis, o destino foi o IMA no município de Campo Verde, onde a meta é se tornar referência em multiplicação de fungos benéficos para controle de nematoides e pragas, começando com o fungo tricoderma. Foram apresentados o laboratório e o avançado nível de pesquisa para a comercialização do fungo. “Já concluíram a escolha da cepa da espécie e a formulação. O produto está em fase de registro do MAPA para serem comercializados”, destaca o pesquisador do IGA, Eduardo Barros.
Bactérias
Na quinta-feira, o intercâmbio terminou em Primavera do Leste, na Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), onde o foco são as bactérias para controle de pragas e nematoides, com a multiplicação comercial de bacilos para uso em larga escala. De lá, partiram para o IMAmt de Primavera do Leste, onde assistiram as apresentações dos pesquisadores Rafael Galbieri e Jacob Neto sobre como realizam os testes e onde querem chegar. “Foi muito interessante, com uma interação boa da comitiva da Agopa e do IGA com a equipe do IMAmt”, ressaltou Eduardo.
Além de Carlos Alberto Moresco e Eduardo Barros, participaram da comitiva o vice-presidente e o diretor executivo da Agopa, Marcelo Swart e Dulcimar Pessato Filho; o membro do Conselho Técnico-Científico do IGA, Elias Hill.
Para Moresco, os laboratórios são muito bem organizados. “Fomos muito bem recebidos pela equipe do IMAmt, que nos mostrou todo o projeto de multiplicação da biofábrica e da escola de beneficiamento que possuem”, diz. A impressão que deixam, continua, é que o IMAmt está muito avançado na pesquisa, com produtos em fase de registro para atender o mercado. “Eles têm interesse em fazer parcerias e estamos com essa perspectiva de trazer cepas e serviços do Mato Grosso para Goiás”, conclui.
Ainda nessa perspectiva, Dulcimar Pessatto Filho acredita que Goiás tem potencial e que a viagem traz ideias que podem beneficiar o produtor no estado. “O trabalho que realizam no IMAmt nos oferece insumos para uma estratégia do gênero em Goiás”, afirma.