A sexta-feira, 13 de julho, foi dia de receber produtores, técnicos e representantes de empresas para o II Tour do Milho, evento realizado no Instituto Goiano de Agricultura (IGA), em Montividiu. O encontro serviu para apresentar híbridos de milho que foram semeados no campo experimental do IGA.
Ao todo, 123 participantes foram conferir o evento. Para o coordenador de pesquisas do IGA, Elio de la Torre, o Tour do Milho tem como objetivo mostrar o comportamento das diferentes cultivares no ambiente do Centro-Oeste e a reação a doenças. Conforme o pesquisador, os manejos realizados pelo IGA analisam as respostas de cada material, conforme as orientações das empresas, como época correta para semeadura, população de plantas, etc. O ambiente de produção pode trazer resultados diferentes do indicado pela empresa. “Temos que saber se o material tem estabilidade produtiva e se atende ao que o detentor oferece”, afirma.
O IGA conta com 44 variedades de milho plantadas em 14 hectares. Entretanto, o Tour do Milho apresentou 25 variedades oferecidas no mercado por dez empresas. Elio de la Torre explica ainda que o evento é a concretização de dois dos principais objetivos do IGA: “realizamos a transferência de tecnologia por meio da apresentação de resultados aos produtores, além da validação agronômica, observando diferentes parâmetros para gerar informações úteis ao produtor”.
Adubação
Para complementar as informações visualizadas no campo, o II Tour do Milho contou ainda com a palestra do pesquisador da Embrapa Álvaro Vilela de Resende, sobre requerimentos nutricionais do milho e os impactos na adubação do sistema soja/milho safrinha. Para o pesquisador, é importante se atentar para os requerimentos nutricionais do milho e o que isso pode gerar em todo o sistema anual. “Se o milho for mal manejado, a soja é afetada, assim como a resposta do milho depende da cultura plantada anteriormente”, orienta.
Álvaro também destaca que o sistema soja/milho safrinha é forte no Centro-Oeste e que oferece várias vantagens sobretudo no plantio direto. “O milho na safrinha tem menor potencial produtivo, o que torna essa cultura secundária. Uma adubação correta ajuda muito, até mesmo para não roubar nutrientes do solo”, diz.
O produtor, afirma Álvaro, tem que observar o quanto de nutrientes que aplica e o quanto perde, o que requer esforço técnico e critérios. “O balanço de nutrientes diminui o custo de adubação. O produtor pode até deixar de adubar em um período de preços elevados e utilizar de seu estoque de nutrientes no solo, caso haja um acompanhamento correto”, comenta. Álvaro diz ainda que este tipo de orientação técnica é bastante requisitado em Goiás, tanto para o milho, quanto para a soja e o algodão.
Para o Diretor Executivo do IGA, Dulcimar Pessatto Filho, o evento foi um sucesso: “O IGA está no caminho certo na busca da concretização dos seus objetivos”. O II Tour do Milho contou com variedades híbridas das empresas: Nidera; KWS; Agroceres; Santa Helena; LG, Syngenta; Biomatrix; Morgan; Pioneer; e Dekalb.
Veja aqui as fotos do II Tour do Milho.