Uma comitiva da Agopa esteve na região de Cascavel-PR, para uma visita técnica à fiação Fiasul. O objetivo foi conhecer a indústria e desenvolver um trabalho sobre o índice de fibras curtas dos fardos que utiliza em sua linha de produção.
A visita serviu para apresentar os serviços do Laboratório da Agopa e iniciar um trabalho em conjunto entre fiação, produção e laboratório no que se refere a um dos gargalos da comercialização da pluma do algodão, que é o índice de fibras curtas. Foi dado o primeiro passo para um projeto com foco na pesquisa de fibras curtas, no qual a Agopa entra com as análises do Afis Pro 2, uma tecnologia que oferece mais precisão para análise de fibras curtas e presença de neps, que são defeitos na regularidade do fio provocados por fibras mortas de algodão.
A comitiva era formada pelo diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, o gerente do Laboratório, Rhudson Assolari, e o pesquisador da Embrapa Algodão, João Paulo Saraiva. Participou também o pesquisador do IMAmt Jean Belot.
João Paulo Saraiva explica que a Fiasul é uma das 5 maiores fiações do Brasil, processando cerca de 2 mil toneladas de pluma por mês, e que compram algodão nacional com base na análise instrumental e visual. “Vimos os pontos de interação e complementariedade entre a indústria e o laboratório. Esperamos que seja possível analisarmos como a qualidade da fibra impacta na qualidade dos fios que produzem”, afirma.
Rhudson Assolari destaca que a comitiva conheceu todo o processo da fábrica. “Acompanhamos todo o caminho da matéria-prima até a saída do fio e vimos a importância de fazermos o estudo com fibras curtas, no qual as análises do Afis Pro 2, realizadas pelo Laboratório da Agopa, pode ter um papel importante”, ressalta. O gerente da Agopa adianta ainda que o grupo de trabalho está empenhado em desenvolver a melhor metodologia.
Para o gerente industrial da Fiasul, Raullen Oliveira, a finalidade desse encontro teve cunho científico: mapear as variedades genéticas do algodão. “Trata-se de um grande passo para a indústria têxtil nacional, que será capaz de potencializar com maior precisão o manejo e utilização do nosso algodão”, afirma.
Diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, avalia que este primeiro encontro foi produtivo para ambas as partes. Para o diretor, os processos de produção de fios e do cultivo de algodão estão intrinsicamente ligados, podendo mutuamente contribuir para a produção de melhores fibras e produtos. “Temos equipamento e pessoal capacitado para uma análise minuciosa das fibras que a Fiasul utiliza, o que pode gerar ganhos para a indústria e, principalmente, para o consumidor”, finaliza.